Prédio-símbolo da Copel, no Batel, vai a leilão

Edifício em Curitiba abriga presidência e diretoria da estatal; valor parte de R$ 32,5 milhões

Depois de se desfazer de seu braço nas telecomunicações e emplacar dois programas de demissão voluntária em 2020, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) vai leiloar imóveis próprios na Capital e no Interior. Na lista, está o prédio-símbolo da empresa, localizado na rua Coronel Dulcídio, no bairro Batel, em Curitiba. O edifício abriga a presidência e a diretoria da estatal. Com isso, a companhia terá uma nova sede.

A venda da unidade foi formalizada na edição desta segunda-feira (25) do suplemento de Comércio, Indústria e Serviços do Diário Oficial do Paraná. A previsão é arrecadar, no mínimo, R$ 32,5 milhões com a alienação do imóvel, onde também funcionam os serviços da Copel Holding, que controla as demais subsidiárias da companhia.

Funcionários ouvidos pela reportagem dizem que a venda já vinha sendo comentada há algum tempo e que, internamente, não se trata de nenhuma surpresa.

O edital publicado nesta segunda estabelece que as propostas serão apreciadas no dia 25 de março. Entre os dias 19 de fevereiro e 19 de março, o edifício será aberto para vistoria dos interessados.  

Nova sede

Na noite desta segunda-feira, a Copel informou que a mudança fará da unidade Mossunguê – o chamado km 3, onde trabalham 1,5 mil pessoas – a nova sede da companhia. Para lá, irão todos os 460 empregados hoje alocados no prédio do Batel. A empresa não deu data, mas disse que o processo ocorrerá ao longo do ano.

Em nota, a Copel informou ainda que a decisão de vender o prédio-sede faz parte de um projeto de “aproximar a direção do corpo técnico e dos negócios, além de reduzir custos”. A expectativa é de a integração gere economia anual de R$ 5,2 milhões ao ano para a empresa.

Mais vendas e atendimento terceirizado

Em edital separado, a Copel também coloca à venda outros quatro imóveis no Interior do Paraná: dois em Guaravera, distrito de Londrina, um em Floresta e um quatro em Irati.

As propostas dão continuidade a um processo que colocou a leilão, no fim de 2020, 40 lotes – sendo a maior parte deles (24) em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Os demais ficavam em São Mateus do Sul, Santo Inácio, Goioerê, Toledo e Jaguariaíva.

No ano passado, mesmo com lucros expressivos diante de um cenário avassalado pela pandemia do coronavírus, a Copel abriu dois programas de demissão voluntária entre seus funcionários e informou a intenção de terceirizar o atendimento prestado aos clientes – o que se concretiza agora.

No mesmo edital desta segunda, a companhia anunciou licitação para contratar prestação de serviços de call center, “incluindo todo o pessoal especializado e toda a infraestrutura física e tecnológica necessárias (…)”. O serviço será contratado por um período de três anos, pelo qual a Copel está disposta a pagar R$ 30,8 milhões.

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12 comentários em “Prédio-símbolo da Copel, no Batel, vai a leilão”

  1. Sou favorável a privatização total da Copel.
    Isso geraria mais oportunidade de emprego, menos cabide de emprego e o estado ficaria mais em segurança, saúde e educação.

  2. Maurício Fontana

    Pois é pessoal…da vergonha de ser brasileiro. Fazem pelo menos 10 eleições que nao participo… sou omisso, NÃO!!!! Simplesmente nao tenho escolha. É dolorido votar, nunca temos opções. Sempre mais dos mesmos, o atual é novo? Foi uma brasa escondida pela cinza, olha seu berço. Não dá para compactuar!!!!! Deram a Telepar e olha ai os monstros existentes faturam bilhões e ainda dão prejuizo, vide OI e outras. Qualidade Zero!!! Com a Copel o futuro não dirá, qualquer crianca pode prever!!!!!

  3. A notícia é ótima, economia, economia e austeridade. Podia ter +austeridade, o que mais me abala são os comentários, ora o Estado nem deveria “mexer” com eletricidade, bem sei porquê ainda a Copel não foi privatizada, o mesmo digo de quer Estatal, para estará, ou sociedade de economia mista. Chega de Estado!

    1. Rapaz eu concordo em parte, mas em parte não. A empresa é de economia mista e visa em crescimento constante, tanto que tem sempre crescido o seu faturamento. Os acionistas agradecem os resultados. Ela é considerada uma das maiores companhias de energia da América Sul. No Brasil não há outra que a supere . Os profissionais são de carreira e não políticos. Agora, se ela precisa ser privatizada eu penso que o sistema do SUS, INSS também deveria ser privatizada porque é uma vergonha o sistema de atendimento e péssima a administração deste órgão. Não produz nada, apenas consome altos salários de cargos cedidos por vantagens políticas e insistem em não trabalhar em meio a uma pandemia que todos outros órgãos trabalham. Chega de empregos garantidos!!

    2. Sou acionista da Copel, tenho orgulho dessa companhia, empresa paranaense de economia mista metade pública, metade privada, o governo Ratinho prometeu não privatizar, ela é uma empresa eficiente, quase não temos apagões, eu não quero passar pelo perengue que o pessoal do Amapá passou, onde o sistema elétrico ficou na mão de uma multinacional Espanhola que não investiu pra lucrar mais e deu no que deu (semanas sem eletricidade no estado) tendo a Eletrobras ter que consertar a cagada e os custos serem divididos com todos no país.

      Se for só pra mudar um prédio de lugar ok, agora começar a privatizar aos poucos….isso não é bom velhinho….???⚡

    3. Sim, claro. Todos queremos muito que a Copel seja privatizada, para termos o nosso próprio risco de apagão, assim como no Amapá em plena pandemia.

  4. Caraca!!! Não basta doarem a Copel Telecom, o leilão de ações pertencentes ao BNDES, agora mais essa? Vão trabalhar todos em home office? Se duvidar, ratazana junior e o slaviero só não vendem as mães porque já devem ter vendido… Alguém dentro da Copel concorda com todo este disparate sendo realizado?

    Falando sério, a única palavra para definir esta dilapidação da Copel é CRIME!

  5. Um empregado terceirizado ganha 1/3 do salário e a econômia de uma cidade perde com isto, por está razão a terceirização nao funciona, pois o grupo político Massa/Slavieiro é o único beneficiado com a terceirização das empresas do Estado, Afinal de contas a corrupção não aparece em pequenas parcelas.

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