“Estava passando pelo bairro Capão Raso, então entrei no Shopping Popular para ir na lotérica. Pasmem, lá agora é ‘Mercado Municipal Capão Raso’, mas no momento só tem dez lojas que se enquadram no serviço essencial, as demais são todas de roupas, calçados, brinquedo, cabeleireiro etc.”, diz uma comerciante curitibana em um post publicado no Facebook.
O Mercado Municipal Capão Raso foi inaugurado na terça-feira (30), pelo prefeito Rafael Greca (DEM) e pelo presidente da Urbanização de Curitiba (URBS), Ogeny Maia Neto.
A comerciante conta que tem uma loja de sapatilhas no Tatuquara e que foi notificada pela Prefeitura de Curitiba por estar abrindo as portas irregularmente, após o último decreto do governo do Estado. A medida proíbe o funcionamento de atividades não essenciais. A empresária ficou surpresa ao ver que a penalização não se estende a todos.
“O que fiquei triste foi com a falta de empatia da Prefeitura de Curitiba com a gente que tem comércio de rua. Se não é essencial, não pode abrir também. Agora, porque está lá dentro e é mercado eles podem abrir, e nós que estamos na rua não podemos?”, questiona a publicação. Até o fechamento desta reportagem, mais de 800 pessoas tinham comentado, a maioria indignada.
URBS diz que vai mandar fechar
Questionada pelo Plural, a assessoria da Prefeitura falou que as permissões de funcionamento devem seguir o que prevê o decreto, mas quem faz a gestão do espaço é a URBS.
A assessoria da URBS disse que a empresa “ficou sabendo e vai mandar fechar os estabelecimentos.”
Novo Mercado
O Mercado Municipal do Capão Raso tem 12 mil metros quadrados e 100 lojas de todos os tipos. A obra custou R$ 1 milhão. “O espaço da Prefeitura teve revitalizado o paisagismo, área de alimentação, jardim e decoração. Além disso, o local ganhou novos pisos, pintura e janelas. O projeto durou seis meses”, afirma a Prefeitura.