Com os flagrantes de ônibus lotados, e reclamações dos usuários da Capital, a Urbanização de Curitiba (Urbs) e a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) decidiram convocar a Associação Comercial do Paraná (ACP) para discutir o horário de funcionamento das atividades essenciais e não essenciais – já reabertas. A intenção é evitar aglomerações no transporte coletivo em horários de pico.
“Muitos lojistas não estão seguindo horários alternativos estabelecidos pela entidade, sobrecarregando o sistema de transporte em um momento em que é preciso manter os protocolos de distanciamento social por conta da pandemia do novo coronavírus”, afirma a Prefeitura de Curitiba, em seu site.
“A recomendação é que o comércio utilize horários alternativos. A reabertura é essencial para a economia, mas evitar a propagação da doença, especialmente agora com as temperaturas mais baixas, é uma responsabilidade que precisa ser partilhada também pelos empresários”, diz o presidente da Urbs, Ogeny Maia Neto.
Segundo ele, o movimento diário do transporte coletivo (260 mil passageiros) se mantém abaixo do registrado antes da pandemia (756 mil usuários). “O movimento ainda está 65% abaixo de períodos normais. Mas operamos com 80% da frota para termos uma folga no sistema e evitar aglomerações.”
O maior movimento nos coletivos é registrado pela manhã, até às 8h. “Com um pequeno esforço, flexibilizando horários, o usuário vai encontrar um sistema totalmente diferente dos horários de pico e é essa compreensão que precisamos que todos tenham. Mas, infelizmente, não é o que estamos observando. Os patrões não estão olhando com a devida atenção neste momento de pandemia para estas pessoas”, ressalta o presidente da Comec, Gilson Santos.
A orientação da ACP é que os shoppings funcionem das 12h às 20h, e o comércio de rua das 10h às 17h. A reunião entre as entidades será nesta sexta-feira (5), às 16h, de forma virtual.
Nesta semana, como mostrou o Plural, a Associação Comercial e o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) trocaram farpas na internet sobre a responsabilidade pelas aglomerações nos coletivos da Cidade.