Escolas particulares querem volta às aulas em junho

Retorno deve ser gradual em Curitiba e outras 16 cidades do Paraná. Plano de retomada inclui medidas de distanciamento e segurança sanitária

Depois da reabertura de shoppings, igrejas, academias e comércios em geral, as próximas a reabrirem as portas devem ser as escolas particulares. A intenção já foi protocolada na Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e inclui Curitiba e outras 16 cidades do Paraná. A intenção é de que as aulas voltem em junho e que as instituições priorizem o atendimento a filhos de profissionais de serviços essenciais.

O pedido foi feito pelo Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR) e prevê um retorno gradual das atividades escolares presenciais para Educação Infantil, Ensino Fundamental (anos iniciais) e para as Escolas de Idiomas e Cursos Livres. A solicitação inclui as Secretarias de Educação dos Municípios de: Curitiba, Candói, Carambeí, Cascavel, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Guaratuba, Marechal Cândido Rondon, Pato Branco, Palmeira, Palotina, Pinhais, Pinhão, Piraquara, Ponta Grossa, Toledo e São José dos Pinhais.

A ideia é retomar as atividades em Cursos Livres (escolas de idioma, hotelaria, cabeleireiro) já no dia 8 de junho. Para a Educação Infantil, a previsão é de retorno no dia 22; e para os anos iniciais do Ensino Fundamental, em 29 de junho. Inicialmente, as escolas devem atender a estudantes cujos pais trabalham em serviços essenciais.

“Tendo em vista que diversos Municípios estão propondo a reabertura gradual de algumas atividades afetas ao comércio/serviços, acreditamos que o governo estadual será compreensivo em relação ao apelo do Sinepe/PR”, afirma Esther Cristina Pereira, presidente do sindicato. “Consideramos que essa retomada deve ser gradual, respeitando as medidas de distanciamento social e assepsia nos locais públicos”.

O Plano

O Plano de Retomada das Aulas , apresentado pelo sindicato à Secretaria Estadual de Educação (Seed) prevê uma série de medidas que visam prevenir os estudantes da contaminação pelo coronavírus. Entre elas: distância de um metro quadrado entre as pessoas, higienização constante das dependências e espaços das escolas e álcool em gel 70% para todos.

Já na entrada, os estudantes terão que tirar os sapatos, lavar as mãos e medir a temperatura, além de usarem máscaras. Bebedouros serão proibidos e o lanche será levado de casa e consumido dentro da sala de aula.

Para o Sinepe, a solicitação considera que a estrutura da Saúde Pública no Paraná, “diferente de outros estados brasileiros em que a doença se alastrou com mais intensidade, corrobora com uma reabertura prévia de instituições educacionais, flexibilizando o distanciamento social em pontos fundamentais da sociedade como a Educação”.

Sem aprovação

De acordo com a Seed, não houve nenhuma “anuência” ao pedido de reabertura das escolas particulares do Paraná. “Qualquer decisão pela retomada das aulas deverá seguir o regramento estabelecido pela Secretaria de Estado da Saúde, que busca evitar contágios e proteger os alunos, o corpo docente e os funcionários das instituições de ensino do Estado. Vale lembrar que foi a pedido do próprio Sinepe que as escolas particulares foram incluídas no Decreto Estadual que suspendeu as aulas presenciais.”

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