Delivery de comida na pandemia é seguro?

Consumidores precisam ficar atentos a sinais de segurança para o consumo de alimentos vindos de fora

Tem gente que evita ao máximo. Mas quem consegue resistir a um pedido do sanduiche ou da pizza preferidos para delivery (entrega)? Muitas vezes é necessidade, visto que a covid-19 mudou, ou sobrecarregou, rotinas. Mesmo fechados ao público, muitos restaurantes se reinventaram e passaram a servir a comida pronta e embalada, direto na casa do cliente. O atendimento delivery cresceu e os consumidores precisam ficar atentos a sinais que podem indicar se o alimento está apropriado para o consumo.

Buscar lugares já conhecidos é uma boa. Afinal, você já esteve lá, já conhece o funcionamento, a cozinha, o atendimento e sabe que sempre foram respeitadas as normas de higiene.

A indicação de amigos também pode pesar na decisão, assim como as recomendações, ou não, nos aplicativos de comida (estilo iFood). “Lá você vai encontrar avaliações de vários clientes que já provaram aquele cardápio”, ressalta Claudia Silvano, diretora do Procon-PR, órgão de defesa do consumidor.

Outra dica é observar a entrega, que começa com a limpeza e o cuidado do entregador. “Avalie a forma como a comida foi entregue, se o alimento está adequadamente condicionado, a embalagem bem fechada e limpa”, lembra Claudia.

Ao perceber problemas nas normas de segurança alimentar, o consumidor pode fazer denúncia anônima para a Vigilância Sanitária. Em Curitiba, o telefone é 156.

Dados e fotos on-line

Uma maneira rápida e prática de aumentar a confiança do consumidor seria disponibilizar dados e fotos dos estabelecimentos nas plataformas on-line de gestão para delivery. “Endereço da cozinha, número de alvará de Vigilância Sanitária dentro da validade e nota fiscal sempre acompanhando o produto. Estas informações devem estar na plataforma para que se verifique sua veracidade”, sugere Nelson Goulart, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) no Paraná.

Ele lembra que não há, nas plataformas de delivery, dados e informações suficientes. Disponibilizar estes detalhes seria uma forma de garantir a confiança dos clientes.

“Quando você pede comida em casa, não sabe se o cozinheiro tem curso de segurança alimentar e boas práticas e nem se a cozinha é habilitada pela Vigilância Sanitária. Assim, é de bom senso que se cobre isso das operadoras de delivery. Para elas, seria fácil colocar uma janela de dados ao lado de cada associado da plataforma com informações da Vigilância, endereço, etc. Até fotos da cozinha seria interessante. Isso aumentaria significativamente a confiança do consumidor, principalmente quando pede em Dark Kitchen (restaurantes que só atendem por delivery)”, avalia o presidente da Abrasel.

A entidade registra o número de 12 mil restaurantes apenas em Curitiba. Grande parte deles, com a pandemia, aderiu ao sistema por delivery. 

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