UFPR quer mais mulheres nas Ciências Exatas

Encontro incentiva garotas de escolas públicas a ingressar no mundo dos números. Oficinas, experimentos e discussões estão na programação gratuita

Um ambiente majoritariamente masculino. São poucas as mulheres que se envolvem com as Ciências Exatas. As que ingressam, entretanto, conhecem um mundo de novidades. Foi o que aconteceu com Raquel Aita, estudante de Engenharia Civil na Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Apaixonada pelos números, e medalhista na Olimpíada Brasileira de Matemática, ela viu sua realidade transformada pelas Exatas. Agora, ao lado de outras estudantes medalhistas e professoras da universidade, quer levar mais garotas a descobrir as oportunidades da área.

O encontro ‘Meninas nas Exatas: por elas para todos!’, será nesta terça-feira (11), no Centro Politécnico da UFPR, em Curitiba. Com entrada gratuita, ele é focado em alunas da Rede Pública, mas aberto a toda comunidade.

Haverá exposições, oficinas, jogos interativos, mesas redondas e experimentos variados. Também estão previstas apresentações de pesquisas científicas, como uma fábrica de perfumes e uma oficina de foguetes. Serão mais de 40 atividades para estimular o interesse pela Matemática, Química e Física.

Apresentadas num ritmo de jogos e competições, as histórias – que escondem problemas de lógica – foram planejadas pela equipe tendo como base as provas das Olimpíadas Brasileiras de Matemática, das quais as universitárias são medalhistas.

A programação foi construída de forma coletiva e o engajamento ocorreu de maneira espontânea. Segundo a professora Elizabeth Wegner Karas, do departamento de Matemática da UFPR, bastaram chamadas nas redes sociais para que as propostas começassem a aparecer. “A mobilização ocorreu naturalmente e nós ficamos encantadas com a qualidade das atividades que serão oferecidas”, ressalta.

O evento está conectado com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas. Ele prevê a equidade de gênero como um caminho para a justiça social.

“Na Química, por exemplo, nós temos cerca de 70% de mulheres nas vagas de Mestrado e Doutorado, mas apenas cerca de 30% de mulheres professoras. Por que essas pesquisadoras não estão ocupando esses espaços?”, questiona a professora do departamento de Química, Camila Silveira, que estuda a temática. “As meninas costumam ser conduzidas e direcionadas para outras áreas. Fazemos parte de um quadro em que as mulheres são minoria”, enfatiza.

Serviço:

‘Meninas nas Exatas’

Local: Centro Politécnico – UFPR

Endereço: Av. Francisco H. dos Santos, 100 – Jardim das Américas – Curitiba 

Horário: 9h às 17h

Entrada: Gratuita

Inscrições: clique aqui!

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