Comédia fala da alegria de cumprir pequenas metas

“A maratona de Brittany” conta a história de uma mulher de quase 30 anos que, em meio ao esforço de perder peso, decide encarar uma corrida de 42 km em Nova York

À primeira vista, “A maratona de Brittany” parece mais uma daquelas comédias americanas bobas, de consumo rápido, que você esquece rápido também. Mas ela é mais que isso.

Em cartaz no Prime Video, o serviço de streaming da Amazon, o filme fala de uma mulher de quase 30 anos – a Brittany do título – que vive na pior em Nova York, bebe e come demais, é obesa e abusa de uma ou outra substância controlada.

Uma série de pequenos eventos esfrega na cara de Brittany (Jillian Bell) aquilo que ela resiste em aceitar: ela perdeu o controle de sua vida e, se continuar como está, o futuro não será muito melhor.

Aflita, ela começa a correr desajeitadamente pelas ruas nova-iorquinas porque não tem dinheiro para pagar uma academia. O contato com a vizinha Catherine (Michaela Watkins) coloca Brittany em um grupo de corredores amadores em que ela conhece Seth (Micah Stock), um homem que também entrou nessa de exercícios porque se sentia desesperado. (Ela nutre alguma esperança de ficar mais íntima de Seth, mas logo descobre que ele é casado, e gay. Porém, eles viram bons amigos.)

Num impulso, Brittany lança a ideia para Catherine e Seth: “E se tentássemos correr a maratona de Nova York?”. Sem muita disposição no começo, o trio faz um pacto e passa a treinar para os 42 quilômetros da prova. O objetivo num desafio desses, claro, não é chegar em primeiro, mas simplesmente completar a corrida.

Brittany (Jillian Bell), no começo da história, leva uma vida desregrada.

O filme então deixa de ser só sobre uma mulher gordinha que deseja quase o impossível (encarar uma maratona) e se torna uma história sobre a importância de cumprir pequenas metas e sobre como o mundo conspira contra sempre você decide melhorar seus hábitos, suas atitudes, sua vida. Às vezes, é uma amiga que convida você para beber ou para ir a uma festa; às vezes, a sabotagem parte do seu próprio corpo ou da sua própria cabeça.

“A maratona de Brittany” é uma surpresa também porque foi escrito e dirigido por um estreante – o dramaturgo Paul Downs Colaizzo – e tem um elenco de gente mais ou menos desconhecida. Uma curiosidade: a parte da história que ocorre na maratona de Nova York foi mesmo filmada durante a corrida nova-iorquina.

Apesar de surpreendente, o filme continua sendo uma comédia americana de consumo rápido, boa para desanuviar as ideias no fim do dia, mas com um tantinho de humanidade.

Serviço

“A maratona de Brittany” está em cartaz no serviço de streaming da Amazon, o Prime Video. O filme tem 1h44 de duração e a classificação indicativa é de 14 anos (adultos bebem bastante, tomam alguns comprimidos e fumam pelo menos um baseado).

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