A Justiça concedeu liminar na noite desta terça (3) determinando a desocupação da Assembleia Legislativa pelos servidores públicos. Os funcionários entraram à força depois de serem barrados pela PM, para poder acompanhar a discussão da reforma da previdência enviada à Assembleia por Ratinho Jr. (PSD).
Segundo a juíza Rafaela Mari Turra, que concedeu a liminar, a desocupação pode inclusive usar a força policial, desde que não haja abusos. A multa para o descumprimento da ordem foi estabelecida em R$ 2 mil diários.
A desocupação foi solicitada pelo presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Ademar Traiano (PSDB). O parlamentar chamou os manifestantes, que são professores da rede estadual de ensino e agentes penitenciários, de vândalos e disse que não os reconhece como servidores públicos.
A Proposta de Emenda à Constituição que altera o sistema previdenciário do estado está sendo analisada em comissão especial e, a depender da tramitação, pode chegar já nesta quarta (4) para a primeira votação em plenário.
Traiano afirmou em entrevista à imprensa que iria aguardar a manifestação da Justiça para definir o cronograma de tramitação da matéria, mas afirmou que há outros projetos que precisam ser analisados e que só voltam ao plenário depois que este for desocupado.
Enquanto isso, os manifestantes decidiram que vão passar a noite dentro da Assembleia para impedir que a Casa vote a emenda sem permitir que os servidores se manifestem no plenário. Eles também votaram pela manutenção da greve.