Roy e Betty se conhecem em um site de relacionamentos. Se encontram, conversam, continuam a sair. Ele é um trapaceiro de primeira ordem, ela – a princípio – uma senhora distinta de vida chata, e com algum dinheiro. A história é antiga: o jogo da sedução vai acabar em lágrimas, mentiras reveladas, e algumas libras a menos na conta de alguém. Essa é a premissa do roteiro de “A grande mentira”, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (21).
Na tela, a história se reveza entre a relação do casal sênior e os esquemas de trapaça de Roy. Ao longo da trama, o protagonista se mostra um homem cruel e insensível, guiado unicamente pela ganância. O sangue frio até parece esquentar um pouco conforme o relacionamento com Betty evolui, mas não o suficiente para mudar seus planos. Do outro lado, a doce e inocente Betty passa a mostrar suas garras.
Em “A grande mentira”, nem mesmo a atuação genial dos veteranos Ian McKellen e Helen Mirren, cheia de nuances e delicadezas, consegue segurar uma história recheada de reviravoltas meio óbvias, e detalhes em excesso.
O filme até tenta, mas não consegue disfarçar que, na verdade, é Roy quem está sendo enganado – ainda que a verdade por trás dos acontecimentos seja razoavelmente inimaginável. Quando os dois protagonistas finalmente se confrontam, o enredo precisa correr contra o tempo para mostrar todas as nuances de um passado obscuro.
O fim não poderia ser outro: a redenção por meio da dor, para ambos, e mais uma superprodução meia boca para ocupar as salas de cinema.
Serviço
“A grande mentira” estreia nesta quinta-feira (21). Com classificação indicativa de 16 anos, o filme entra em cartaz no Cinemark Mueller, Cinépolis Batel e Espaço Itaú de Cinema.