Conselho tutelar: Eleitora no oxigênio foi tirada de casa para votar

Problemas graves na eleição tutelar continuam a aparecer

As atas das seções eleitorais da eleição para o Conselho Tutelar ocorrida no último dia 6 de outubro mostram inúmeras situações irregulares, falhas no procedimento das mesas das seções e indícios de crimes eleitorais. A eleição acabou cancelada por conta de indícios graves de violação de urnas e erros nos dados dos candidatos.

Em um exemplo, uma eleitora que precisava de oxigênio passou mal numa seção da Regional Portão e quando atendida revelou que havia sido buscada em casa para votar, o que pode configurar crime eleitoral. Na ata, a mesa da seção indicou que ela estava “ofegante”, “com falta de ar” e com a “pele arroxeada”. E que afirmou que foi votar porque foram buscar ela em casa.

As atas, que foram publicadas no último dia 10, contém apenas os registros das equipes das mesas. Outras atas, que contém os registros dos membros do Ministério Público que fiscalizaram a votação e que contém denúncias de transporte ilegal, ainda serão entregues a Comissão Eleitoral.

Mas só os registros das seções mostram que vários candidatos tiveram problemas de erro nos dados, pelo menos um eleitor que votou no lugar de outro, eleitor que não pode votar porque já haviam votado no lugar dele, urnas travadas, erros nos cartões de memória, lacre rompido, envelopes violados e ausência de impressão do boletim de urna.

Na próxima semana o Conselho Municipal de Direitos da Criança e Adolescente de Curitiba, responsável pela eleição deve divulgar a nova data do pleito. Já campanha eleitoral recomeça no dia 18. Curitiba deve eleger 50 conselheiros tutelares e 50 suplentes que vão cumprir mandato de quatro anos a partir de janeiro de 2020.

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