UFPR fala em “confisco” de bolsas pelo governo federal

Bolsas do CNPq não estavam ociosas, como diz governo, segundo UFPR

A coordenação de Iniciação Científica da UFPR afirmou nesta terça-feira que houve uma espécie de “confisco” das bolsas do CNPq que deveriam ser atribuídas a alunos da instituição. Os titulares das bolsas já haviam sido selecionados, mas o governo federal cortou os valores.

O governo afirma que cortou 4,5 mil bolsas “ociosas” em todo o país – ou seja, que não estavam beneficiando ninguém. A versão da UFPR é bem diferente.

Segundo nota emitida pelos coordenadores, a equipe interna estava implementando as bolsas respeitando a ordem dos professores na classificação do edital.

No entanto, em 5 de agosto, um problema no sistema começou a impedir o cadastramento dos últimos bolsistas. “Neste mesmo dia a Coordenação entrou em contato com a Coordenação de Programas Acadêmicos do CNPq, relatando o problema e solicitando uma solução.”

“Como o problema persistiu nos dias seguintes, muitos telefonemas foram feitos desde então, emails com prints de tela foram encaminhados, reclamações foram abertas gerando números de protocolos, sem que o CNPq retornasse qualquer resposta a nossas demandas”, diz a nota.

A coordenação diz que no dia 15, “inesperadamente”, a UFPR soube da redução de bolsas. O sistema “em seguida comunicou nas redes sociais o confisco das bolsas não implementadas até aquela data”.Não informou, destarte, que a não implementação se dera em razão de uma impossibilidade – causada por erro do próprio sistema do CNPq”, afirma o texto.

De acordo com a coordenação, o problema gerou a perda de 10 bolsas do CNPq, que já haviam sido atribuídas a professores classificados no edital.

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