Você tem uma história sobre o Instituto Paranaense de Cegos?

Instituição comemora 80 anos com livro que reúne relatos e fotos

Para contar sua trajetória de oito décadas, o Instituto Paranaense de Cegos (IPC) quer ouvir as histórias de profissionais, estudantes e usuários que passaram pela instituição nestes 80 anos. A comemoração será em forma de livro, previsto para 2020. A coletânea, agora, é de relatos, fotos e documentos para enriquecer a obra.

“Histórias e Memórias do Instituto Paranaense de Cegos” é de autoria de Manoel Negraes, cientista social com baixa visão. Parte dos exemplares será distribuída gratuitamente em versão impressa e em formato acessível para bibliotecas e instituições que atendem pessoas com deficiência visual. A edição, viabilizada pela Lei Rouanet, também estará disponível para download, no site do IPC.

Segundo o autor, um dos objetivos do livro é valorizar as pessoas com deficiência visual que fizeram parte da história do Instituto. “Também serão abordadas as ações institucionais desenvolvidas, desde sua fundação até os dias atuais, para o acesso à educação, à cultura, à arte e à participação social, tendo como pano de fundo a história da deficiência visual no Brasil e no mundo”, destaca Negraes.

A pesquisa foi realizada pelos historiadores Tatiana Marchette e Vidal Costa, da Factum Pesquisas Históricas. Os pesquisadores entrevistaram alunos, ex-alunos, moradores, ex-moradores, professores e ex-professores cegos ou com baixa visão.

Para participar do livro, escreva um email para [email protected] ou mande uma mensagem pelo whatsapp (41) 99201-2711. Todas as etapas da obra estarão nas redes sociais.

Uma história

Histórias como a de José Simão Stczaukoski lembram como era o Instituto Paranaense de Cegos em 1976, quando o então jovem chegou de Ipiranga (a 169 quilômetros de Curitiba) para conviver com 210 cegos que moravam no IPC, em regime de internato. Todos recebiam alimentação e estudo. Simão morou no IPC por quatro anos até ter autonomia financeira e começar a trabalhar.

Hoje, ele é pedagogo com especialização em Educação Especial e mantém o vínculo com o IPC. Ele é professor Braille para 70 alunos de todas as idades, além de já ter dado aula de Soroban. Em 2020, dará aulas de Judô, esporte em que é faixa preta. “O IPC foi um trampolim na minha vida. Se o Instituto não tivesse me acolhido naquela época, eu não seria a pessoa que sou hoje”, acredita Simão.  

Professora e estudantes cegos na década de 70. Foto: Arquivo IPC

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