Ativistas lançam campanha para implantação de casa de acolhimento para população LGBTQIA+ em Curitiba

Mobilização começou na internet e um documento será encaminhado para o prefeito Rafael Greca

O Grupo Dignidade lançou uma campanha virtual para implantação de uma casa de acolhimento para população LGBTQIA+ em Curitiba. Estão sendo coletadas assinaturas e um documento será encaminhado ao prefeito Rafael Greca (PSD).

Uma estimativa feita pelo Livre.jor , usando a Escala Kinsey, demonstra que o Paraná pode ter mais de 973 mil cidadãos LGBTQIA+. O dado não é exato e embora o censo pudesse dar estatísticas mais precisas, o desembargador José Amílcar Machado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desobrigou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a incluir questões sobre orientação sexual no censo.

As pessoas que se enquadram neste grupo sofrem com falta de apoio da família e frequentemente ficam em situação de vulnerabilidade social por falta de moradia. Além disso, também há risco de insegurança alimentar e desemprego.

A travesti Daysi, que sofreu um acidente recentemente, enfrentou resistência da família e precisou ir morar com uma amiga, mas nem todas as pessoas têm rede de apoio.

Neste sentido, o Grupo Dignidade quer que a prefeitura de Curitiba providencie uma casa de acolhimento específica para este público.

De acordo com a ONG, iniciativas como centros de referência e casas LGBTI+ já são uma realidade em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza.

A iniciativa conta com 15 voluntários em atuação que estão colhendo assinaturas virtualmente por meio das mídias sociais, e em diversos pontos de circulação pública da cidade. Até o momento, a campanha já alcançou quase mil assinaturas.

Pandemia

A pandemia da Covid-19 agravou os riscos de vulnerabilidade para a população LGBTQIA+. Um estudo feito pelo coletivo #VoteLGBT em 2021, revela que a sexualidade interferiu diretamente nos aspectos socioeconômicos dos cidadãos.

Segundo o documento, 6 em cada 10 pessoas LGBTQIA+ tiveram diminuição ou ficaram sem renda por causa da pandemia. A taxa de desemprego entre esse grupo é de 17,1%, (20,4% entre pessoas trans), acima da média nacional que era de 11,1% em 2021.

Como apoiar

Para participar do abaixo-assinado basta clicar aqui.

Também é possível apoiar participando da 5ª Marcha pela Diversidade em Curitiba. A concentração acontece a partir das 10 horas, na praça 19 de Dezembro, no Centro Cívico.

Além disso, dá para fazer uma doação diretamente ao Grupo Dignidade, a partir de R$ 10.

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