Sobrecarregados, servidores da FAS dizem que abrigos não podem ser “depósitos de pessoas”

Sem concurso desde 2012, trabalhadores denunciam a falta de recursos humanos e o sucateamento do serviço

Na semana passada, o Plural foi em busca de respostas para uma pergunta complexa: por que, mesmo com o frio intenso, os abrigos de Curitiba sempre têm vagas sobrando? O resultado foi uma reportagem focada no usuário do serviço da Fundação de Ação Social (FAS), que somou perspectivas de pessoas que já passaram pelo acolhimento da prefeitura. O texto abriu a discussão mais do que esgotou o tema, mas fez muita gente pensar – de lá pra cá, recebemos mais de 800 comentários de leitores interessados em falar sobre a população de rua.

“Ontem à noite, fui comprar remédio para dor de dente para uma trans que ia dormir na rua (fez 0 grau de madrugada). Ela só tinha dois cobertores. Perguntei por que ela não ia para o abrigo da FAS e a resposta foi: sou muito humilhada lá. Levei os remédios e também um cobertor”, comentou Clobert Passoni, via Instagram. 

“Acabei de abordar um casal na Alberto Kosop, estão em um colchão ao ar livre. Segundo eles, a prefeitura já tinha passado lá, mas eles não iriam porque eles iam se separar e não queriam! Infelizmente muitos não querem mesmo!”, disse Eder Pereira, via Facebook, engrossando o coro das pessoas que se dispuseram a conversar com a população em situação de rua e descobriram críticas muito parecidas com aquelas publicadas pelo Plural.

Outro grupo expressivo atacou o público-alvo da FAS com o bordão “a cavalo dado não se olha os dentes”. Houve ainda um terceiro movimento interessado em conhecer a versão dos servidores, para além das respostas prontas da gestão. Esses pedidos deram origem a duas ações: a primeira foi uma uma roda de conversas sobre o tema, para a qual a FAS – infelizmente – não enviou representante. 

Abrimos a semana ouvindo a antiga gestão, um servidor de carreira aposentado e o sindicato da categoria, representado por um educador social. Você pode assistir abaixo.

Outra ação é esta reportagem, que reúne relatos dos trabalhadores. Outra vez, abrimos espaço para conversar com servidores e gestores indicados pela assessoria da FAS, sem sucesso. Na tarde desta terça (3), antes da publicação, insistimos em solicitar entrevista com o presidente da FAS, Fabiano Ferreira Vilaruel. Aguardamos resposta.

“A gente tá sobrecarregado”

“A maioria dos educadores sociais, embora seja contratada por meio de um concurso que exige ensino médio, fez uma graduação em áreas afins, uma pós-graduação, enfim. São trabalhadores que buscam estudar, buscam conhecer o seu trabalho, fazem diversas capacitações pra poder melhorar o atendimento e ter crescimento profissional”, começa a servidora Fabiana, frisando que o “crescimento profissional, inclusive, está congelado há mais de quatro anos.”

Fabiana não se chama Fabiana, mas preferiu aderir ao nome fictício por temer represálias – e o Plural acatou, protegendo o direito constitucional de sigilo da fonte. “Você sabe, né, essa gestão é assim: cada vez que você emite uma crítica acerca deles, eles te perseguem. É uma gestão bastante assediadora”, ela aponta.

Ouvimos coisa parecida de duas outras fontes. Um educador social refutou pontos levantados pelas entrevistadas da reportagem anterior, via Facebook, mas ao ser convidado para uma entrevista, recusou: “Sou servidor e não pode dar entrevista sem autorização, por mais absurdo que seja”, escreveu. Marcos Franco, que também é educador social e atua na diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), contou à reportagem que emitir opiniões negativas, de fato, não é bem visto pelos gestores. “É bem complicado. Eles [os trabalhadores] são bastante assediados. Assédio moral, né?”. 

Esta não é a única crítica que os servidores fazem à atual gestão da FAS. Aliás, são tantas que Fabiana pede para que os educadores não sejam usados de bode expiatório. “Não é verdade que a gente não gosta de trabalhar com a população de rua porque quem está trabalhando com a população de rua escolheu estar lá. Poderia estar em outro lugar. E a palavra ‘truculenta’, usada pela Vanessa em entrevista ao Plural, remete a crueldade, violência física – isso não acontece. Quer dizer, infelizmente existem casos de agressão de pessoas inseridas na população de rua contra não só educadores sociais, mas outros profissionais também. Daria pra diminuir a tensão não colocando essas pessoas em espaços inadequados.”

A servidora defende que não se pode criar “depósitos para pessoas”, ainda mais com o “déficit de profissionais” que o serviço de acolhimento enfrenta em Curitiba. “Faltam pessoas pra dar conta dessa demanda, que é muito grande. Os profissionais são capacitados, mas são poucos. A gente vê isto: espaços inadequados com uma estrutura precária pra acolher uma população que está crescendo. Agora, com a pandemia, a coisa se agravou ainda mais, né?”

De acordo com a FAS, atualmente 261 profissionais atuam nos serviços destinados a pessoas em situação de rua. Entre eles, 207 educadores sociais e apenas 19 assistentes sociais. “No próximo dia 16, 65 educadores sociais contratados como PSS começarão a trabalhar exclusivamente na abordagem social”, adianta o órgão. Estes são os recursos humanos disponíveis para dar conta de abrigar um público que pode chegar a 2.047 usuários, levando em conta o número de vagas anunciado frequentemente pelo prefeito Rafael Greca. 

“O trabalho de retorno familiar, que seria o primeiro objetivo para que aquela pessoa pudesse criar vínculos de novo com sua família e voltar pra sua comunidade, quem faz é a assistente social. E a FAS não tem contratado assistente social já há alguns anos, né?”, pontua Fabiana. Marcos corrobora: “Desde 2012 não tem concurso pra educador social, nem pra assistente social. Teve muita contratação de PSS e cuidador, pessoas terceirizadas que não têm experiência nessa área.”

A servidora sinaliza que os problemas ocasionados por essas medidas provisórias são sentidos a longo prazo: “O morador de rua tá lá, ele tá arisco, não quer vir, aí você tem que fazer todo um convencimento. Se você muda os educadores e coloca gente sem experiência, depois muda de novo, isso é muito ruim. Tem muitos moradores de rua que eram de difícil acesso pra nós, que a gente fez todo um trabalho de convencimento de anos, e agora eles não aderem mais.”

“Esses contratados por PSS trabalham dois, quatro meses, e aí acaba o contrato. Eles não estiveram nas capacitações pelas quais os educadores já passaram”, fala a educadora, mencionando a última capacitação de que teve notícia, no começo da gestão Greca, há mais de quatro anos. Marcos também é enfático ao dizer que os concursados são bem treinados, mas não por iniciativa da gestão atual. A FAS, por outro lado, garante que ofereceu treinamento no ano passado. “As últimas capacitações foram realizadas em 2020 para a Ação Inverno – Curitiba que Acolhe, e para cuidadores, na modalidade EAD”, informa o órgão.

Outro ponto crítico levantado por Fabiana é a falta de acompanhamento psicológico – a menos que se busque por fora. Na visão dela, isso devia ser prioridade, com tamanha pressão característica do serviço. “Os educadores sociais têm trabalhado muito. A gente tá sobrecarregado”, desabafa a servidora. 

Queixas como as dela chegam aos montes até a ouvidoria do Sismuc. “A gente recebe muitas denúncias de superlotação, de falta de estrutura, de goteira, de colchão no chão, de falta de alimento… E eles criam um novo programa, por exemplo, como o Anjos da Guarda, mas é só pra inglês ver, porque não tem estrutura pra colocar pessoas capacitadas lá e também não dão uma pré-capacitação, sabe?”, cobra o líder sindical.

Em março deste ano, o sindicato teve uma audiência com o Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR) para discutir as dificuldades estruturais do serviço da FAS e a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ofertados aos servidores durante a pandemia. Segundo o órgão, o procedimento segue em andamento.

Carência de políticas públicas 

“Em 2018, o Greca fechou sete CRAS [Centros de Referência da Assistência Social] e quatro unidades de atendimento da proteção básica, que trabalhavam com a criança e o adolescente. No mesmo ano, o Governo Federal também cortou 50% do orçamento do SUAS [Sistema Único de Assistência Social]”, resgata Marcos. “É como fechar a escola para depois ter que abrir a penitenciária. Se não investem nas pessoas, depois fica complicado de lidar com isso.”

“A gente não quer levar a Guarda para fazer um atendimento truculento, mas existem territórios onde a gente não consegue chegar”, expõe Fabiana. Ela diz que o problema não pode ser encarado de maneira simplista, pois é estrutural. “Quando a população liga, a gestão manda o educador ir a qualquer lugar, mas em alguns territórios é muito arriscado ir sozinho. As pessoas precisam entender que esse trabalho não é fácil e que a gente atende um público que não é homogêneo, não existe um perfil único de morador de rua. A gente atende egressos do sistema prisional, pessoas com transtornos mentais graves, pessoas em drogadição…”

A servidora demarca o quanto carecemos de políticas públicas para enfrentar uma situação complexa como a da população de rua. “A pessoa sai lá do sistema prisional, às vezes ainda de tornozeleira, e como é que vai conseguir trabalho se não tiver política pública? Como é que a gente vai dar conta do dependente químico crônico? Como é que a gente vai atender essa pessoa, que por conta do uso contínuo não consegue nem conversar com a gente? É um trabalho não só da assistência social, a gente tem um problema sério no país: a desigualdade socioeconômica. Enfrentamos faltas de planejamento, de políticas de habitação, de políticas de saúde pública, de políticas de enfrentamento às drogas…”, segue.

“O que falta muito são locais que haja tratamento de dependência química. Porque, hoje, se a pessoa procurar, ela tem lá um lugar que ela vai de alguma igreja e fica quinze dias. Então acaba que não tem efeito nenhum esse tratamento, sabe? E daí vai acumulando essas pessoas na rua”, exemplifica Marcos.

“O que se nota é o número avassalador de pessoas em situação de rua, que tem aumentado”, fala Antônio Carlos Rocha. Ele atuou durante 20 anos na FAS e hoje é aposentado. O Plural já mostrou que, segundo os chamados “dados oficiais”, a população de rua cresceu 1.000% desde 2012, embora ainda haja rastros de subnotificação.

“É claro que tem toda uma situação econômica e social, mas os municípios precisam estar atentos a essas questões. Têm que se adiantar e também não adianta só criar vaga, tá? De que adianta criar 500 vagas este ano se não tem pessoal para trabalhar?”, critica o ex-servidor.

“Uma notícia que circula hoje entre os colegas é que a prefeitura tem tirado muita gente dos CRAS e colocado na abordagem. Isso é válido? Como emergência, é válido, mas parece que não é só pela emergência, né?”, opina. “Acho que precisam divulgar não só os dados, mas também as condições reais em que as coisas se dão.”

Por que sobram vagas? 

Estendemos a pergunta que moveu a reportagem inicial à Fabiana. “Não é um público homogêneo, há uma pluralidade de razões”, foi a resposta. “Tem alguns que vão com frequência, outros não querem porque os horários não são bons ou porque não podem usar droga lá dentro. Dependendo do estado que a pessoa tá, também é complicado de acolher, né? Eu já abordei alguns que não queriam passar por um atendimento com a assistência social. E mesmo a gente falando que na casa de passagem só se dorme, não iam. Ali no Mercado Municipal, tem um grupo que não adere mesmo, joga coisas na Kombi da FAS.”

Ela refuta uma questão levantada por Soraia, na reportagem anterior. “Foi citado lá que é servido uma sopa rala e que a comida boa fica pra ‘eles’. Eu não entendi se ela tava querendo acusar os educadores, os servidores, de ficar com comida boa, mas há um bom tempo não tem sopa, tá? As ONGs oferecem sopa, mas a FAS não. É marmita: arroz, feijão, salada, legumes, uma sobremesa, uma fruta e o suco. É isso que vem pra eles. E essas marmitas vêm fechadas, contadas pro número de pessoas que serão atendidas. A pessoa acolhida abre a marmita.”

“É óbvio que é preciso melhorar a estrutura, você já vê por onde se coloca essas casas. Muitas vezes é em pontos de conflito, disputa de tráfico. Tem a questão da falta de higiene”, pondera. “Na minha opinião, precisamos atender em espaços melhor estruturados e um número menor de acolhidos, até pra evitar agressões e poder monitorar tudo isso. Vai que alguém entra com uma arma, uma faca? A própria Soraia citou esses casos que são pontuais, mas acontecem.”

Alternativas

José Pucci Neto é educador social e coordenador geral do Fórum dos Educadores Sociais e Populares do Paraná (FESP-PR), criado em 2004. Ele aponta pelo menos quatro questões complexas que envolvem a população em situação de rua: gestão competente e políticas voltadas para segurança, saúde mental e habitação. “Não é o educador social sozinho que vai resolver essa situação, mas toda a sociedade civil organizada juntamente e em parceria com as gestões dos governos municipal, estadual e federal”, afirma. “Nós, trabalhadores do SUAS, somos uma parcela a dar nossa contribuição, mas não os únicos.”

“Hoje, para o acolhimento de pessoas em situação de rua, temos como políticas públicas os acolhimentos para pernoite, de forma emergencial, com ofertas de encaminhamentos aos Centros Pops, Hotel Social e Acolhimentos de Adultos. O que vemos como nova demanda é a habitação popular”, propõe. “Casas essas que podem ser construídas com tecnologias de baixo custo e ecologicamente corretas, como luz solar, reserva de água de chuvas etc.”

Para trabalhar questões de saúde, o Fórum apresenta como alternativas as residências terapêuticas, internação por convênios e clínicas públicas de saúde mental. “A situação de vida na rua implica em diferentes formas de cuidados e todos esses refletem em uma saída ou permanência. Pergunta: como uma pessoa portadora de comorbidade mental, sem medicação, vai refletir em sã consciência sobre deixar a rua em uma noite gelada se ela não está com seu equilíbrio psíquico, físico e mental em harmonia?”, questiona. A mesma prerrogativa se estenderia aos casos de pessoas em “drogadição compulsiva”.

“Aí temos uma das razões por que as casas de acolhimento têm vagas sobrando. O atendimento requer uma política pública dirigida e específica para esse fim”, comenta o educador. “Também registramos e valorizamos muito o trabalho do Consultório de Rua, em interface com os trabalhadores da assistência social. Esse atendimento de saúde básico e de média complexidade também auxilia a população de rua.”

Por fim, o coordenador do Fórum convida os parlamentares para o debate, já que as leis e orçamentos públicos são votados por deputados e vereadores. “Defendo verbas de cofinanciamento público das três esferas de governo, pois sem recursos não há como executar uma política pública de qualidade. Quanto eles investem no atendimento a esse público?”, pergunta. “Defendo, como trabalhador do SUAS, um comitê intersetorial de formulação de políticas públicas de atendimento à população de rua. Só a participação do conjunto da sociedade trará avanços e corresponsabilidade. Trabalhar esse atendimento de alta complexidade exige um olhar multidisciplinar da sociedade. Se tratada de forma isolada, essa política pública se limita e fragiliza diante da dimensão e do tamanho do problema.”

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8 comentários em “Sobrecarregados, servidores da FAS dizem que abrigos não podem ser “depósitos de pessoas””

  1. “Uma notícia que circula hoje entre os colegas é que a prefeitura tem tirado muita gente dos CRAS e colocado na abordagem. Isso é válido? Como emergência, é válido, mas parece que não é só pela emergência, né?”, opina. “Acho que precisam divulgar não só os dados, mas também as condições reais em que as coisas se dão.”
    Desestruturam os CRAS , tiram as educadoras e assistentes sociais a força que atendem idosos e criancas para colocar em atedimento a populacao com pretensa situação de risco. Muitas dosm trabalhadores dos CRAS são mulheress, maes que tem filhos em casa e são forçadas a irem a noite atender a populacao de rua.è total assedio moral, com perseguição se houver recusa. Estao fechando os CRAS. Forçam a ida obrigatoriamente. Mesmo que a pessoa nao esteja com perfil para aquilo. Variso servidores estao com problemas psicologicos deviso ao constante assedio.

  2. Que ótima reportagem. Vocês deram voz a quem queria falar há tempos, mas tinha medo de represálias por parte da gestão. Qualquer crítica que os servidores venham a fazer sobre a gestão, eles marcam.
    A FAS não tem concurso desde 2012. Isso é muito tempo!! Falta material humano para termos um serviço de qualidade. Educadores e assistentes sociais estão totalmente sobrecarregados…
    Além disso, ano após ano com menos direitos.
    O Greca fala que está pagando os salários em dia como se fosse um diferencial. Os servidores estão trabalhando MUITO para minimamente receber o dinheiro na data certa.
    Para o prefeito, pessoas em situação de rua são apenas números. Não há nada humanizado.
    Quanto aos cargos dentro da fundação, o que vale é o puxa saquismo e a politicagem. Porque quando se fala em competência, ela estará com servidores que questionam… E a gestão não quer isso.

  3. A gestão Fruet acabou com a central de resgate…TD o que foi conquistado foi pro lixo… quando acabou com o equipamento da conselheiro Laurindo a coisa só foi ladeira abaixo

  4. Isso tudo sem contar que o presidente atual entrou por pura politicagem. Ele é do setor do mundo do trabalho e não entende nada de assistência social, mas é amiguinho do prefeito (curitibinha que deu certo, segundo ele). Enfim, esse mandato é assim mesmo. Por isso já mudou tanto de Presidente na FAS.

  5. José Pucci Neto

    Importante Debates feitos pela Reportagem e acredito que os Conselhos Municipais de Assistência Social, Saúde e de Segurança Pública poderão estar atentos as demandas da Sociedade no atendimento a População de Rua já que eles fazem o Debate dessas Políticas Públicas e sua fiscalização. José Pucci Neto, Educador Social. Fórum de Educadores Sociais e Populares do Paraná.

  6. Alcina de Oliveira Brasileiro

    Excelente todo esse levantamento e debate! Finalmente certas verdades vêm à tona. Não dá para ignorar. A estrutura da FAS está sem investimento na gestão do Greca e faltam políticas públicas para um projeto consistente. Vamos continuar auxiliando as pessoas em situação de rua com nosso Domingo Fraterno Ação Voluntária com pessoas que também se preocupam essa população, que são seres humanos dignos de cuidados de toda sorte por parte das autoridades, não apenas para terem o que comer e vestir. É preciso acompanhamento de toda sorte!

  7. Estou feliz com a iniciativa do Plural em trazer para o debate essas questões tão importantes para nossa sociedade. Não adianta fechar os olhos para o problema, tentando culpabilizar a própria população de rua ou aqueles que trabalham para mitigar a questão. O abandono está aí, a solução não vem pronta, envolve a participação de todos, seja como governo ou como sociedade civil organizada. Parabéns, Jess, excelente trabalho. Que o debate se prolongue, além da estação do ano em que essa parcela da população ganha alguma visibilidade, mesmo que como incômodo para a maioria. Plural nunca decepciona.

  8. Alcina de Oliveira Brasileiro

    Excelente todo esse levantamento! Finalmente certas verdades vêm à tona. Não dá para ignorar. A estrutura da FAS está sem investimento na gestão do Greca e falta vontade política para um projeto consistente. Vamos continuar auxiliando as pessoas em condição de rua com nosso Domingo Fraterno Ação Voluntária com pessoas que realmente se preocupam essa população, que são seres humanos dignos de cuidados de toda sorte por parte das autoridades.

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